O folhetim brasileiro do século XIX tornou-se célebre como veículo primordial de divulgação de obras de ficção. Na realidade, constituía um espaço reservado nos jornais e revistas não apenas à ficção, mas também à discussão de idéias e à crítica acercada das artes, principalmente na corte do Rio de janeiro, onde a vida cultural da época fervilhava com óperas, peças de teatro e outras manifestações culturais. Nesta obra, o crítico e jornalista Luís Antônio Giron propõe uma aventura pelos primeiros passos da crítica de arte que deu origem aos cadernos culturais, os segundos cadernos, hoje publicados pela imprensa brasileira, e analisa suas origens, funções e características. Além disso, apresenta uma antologia de textos inéditos e raros de escritores como Machado de Assis, Gonçalves Dias e José de Alencar que leva o leitor a experimentar o clima sarcástico e muitas vezes escandaloso do cenário cultural da monarquia brasileira.