Por que uma mulher casada, de formação protestante e com mais dúvidas do que fé, seria pela vida em um mosteiro católico? esta era a pergunta que Kathleen Norris se fazia durante os dois períodos de nove meses que ela passou entre os beneditinos da Abadia de St. John em Collegeville, Minessota, orando, trabalhando e lendo as escrituras. Kathleen Norris percebeu que, no mosteiro, o tempo passava mais devagar, abrindo-lhe uma nova perspectiva sobre sua família, sua comunidade e sua vida numa cidade pequena. Da prática beneditina do celibato, ela extraiu lições que enriqueceram seu casamento, da leitura diária dos salmos em grupo e em voz alta, compreendeu a importância da transmissão oral do conhecimento, e até a rotineira lavagem de roupas passou a ter um novo significado quando vista pelos olhos do ritual beneditino. Em O Caminho do Claustro, com uma linguagem poética, a autora nos conduz por todas as etapas de uma ano litúrgico, da maneira como é vivida tanto dentro quanto fora do mosteiro. A partir de um raro ponto de vista, simultaneamente interior e exterior, Kathleen Norris mostra.nos como a imersão no claustro pode dar sentido a nossa vida laica e profundidade ao nosso cotidiano.